quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Conceituando Currículo e sua Integração com as Tecnologias

O currículo faz uma ligação com o projeto que determina os objetivos da educação escolar e propõe um plano de ação adequado para a consecução de vários objetivos. Supõe selecionar, tudo aquilo que é possível ensinar, o que vai se ensinar num entorno educativo concreto. O currículo especifica o que, quando ensinar e quando avaliar.
O currículo escolar passa a ser definido como sendo todas as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, seu cotidiano, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas por esse aluno ao longo de sua existência, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva construcionista educacional. É importante dizer que, para a formação do currículo escolar individual de cada aluno, a organização da vida particular de cada um constitui-se no principal instrumento de trabalho para que o professor possa explorar no desenvolvimento de suas atividades. Logo, o que se quer dizer é que a escola deve buscar na experiência cotidiana do aluno elementos que subsidiem a sua ação pedagógica e, ao mesmo tempo, recursos que contribuam para a formação do currículo escolar dos educandos. A escola não pode esquecer que quando os alunos chegam, eles já possuem uma história de vida, recebem freqüentemente influências fora da escola, apresentam um comportamento individual, social e uma vivência sociocultural específicos ao ambiente de origem de cada um deles. Todas essas características individuais dos alunos integram elementos básicos que auxiliam na formação do currículo escolar. É isso o que nos dizem MOREIRA e SILVA:
"[...] a cultura popular representa não só um contraditório terreno de luta, mas também um importante espaço pedagógico onde são levantadas relevantes questões sobre os elementos que organizam a base da subjetividade e da experiência do aluno." (MOREIRA e SILVA, 2002:96)
O currículo escolar, além dos aspectos já mencionados, também pode ser entendido como um processo de socialização das crianças com o objetivo de enquadrá-las ou ajustá-las às estruturas da sociedade. Neste sentido, acredita-se que as relações sociais, as trocas de experiência, o cotidiano, formam um conjunto de fatores que garantem a formação de um currículo escolar que busca integrar a vida escolar à vida social. Em contrapartida tem-se que a perfeita observação de todos esses elementos direciona à verdadeira práxis do currículo, ou seja, a articulação entre a teoria e a prática curriculares em sala de aula. Construir o currículo na sala de aula requer profissionalismo e competência por parte dos professores quanto à utilização de uma importante ferramenta pedagógica: a vivência sociocultural das crianças.



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pensando sobre possíveis mudanças e

Pensando sobre possíveis mudanças e
contribuições das tecnologias

Hoje encontramos muitas informações sobre o uso do computador nas escolas, mas muitas pessoas ainda não acreditam que isso possa trazer algum ganho aos alunos, mas também muitas desconhecem o papel desse instrumento na educação.
Há ainda, a falta desse instrumento nas escolas, por não ser possível custear a demanda. Mas o uso do computador e internet nas atividades interagi com o currículo, sendo utilizado como ferramenta multidisciplinar mostra que é possível sim trabalhar com o computador na escola, de diversas maneiras. Sendo assim, o professor irá propiciar novas condições de trabalho ligadas aos assuntos discutidos em sala de aula, enriquecendo e reforçando o conteúdo trabalhado.
É necessário saber que o uso do computador, assim como outros recursos disponíveis é apenas um meio, para que aconteçam as atividades proposta pelo professor. O mesmo pode fazer várias escolhas quanto ao instrumento de trabalho, e seja qual for essa escolha, é preciso que se tenha consciência e responsabilidade, para não se desvincular do verdadeiro objetivo: a aprendizagem.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

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O QUE É UM HIPERTEXTO

O hipertexto é uma forma não linear de apresentar a informação textual, uma espécie de texto em paralelo, que se encontra dividido em unidades básicas, entre as quais se estabelecem elos conceptuais. Este tipo de texto electrónico, cuja existência física consiste num código digital armazenado no disco rígido do computador e na sua memória operativa, depende em exclusivo da ciência do leitor em manipular os elos conceptuais que se estabelecem entre as unidades de informação ou grupos de unidades que podem distribuir-se e circular por todo o mundo. É o caso da Internet, que utiliza a linguagem HTML (HyperText Markup Language) que permite descobrir a informação disseminada, num sistema em que todos podem comunicar com todos, em sincronia. Este sistema global de informação pode incluir não só texto mas também imagem, animação, vídeo, som, etc., falando-se neste caso de hipermedia. A exibição de museus, a apresentação de materiais académicos, os livros electrónicos, os pacotes educativos, etc. são formas de hipermedia. De notar que nem todos os textos que se encontram na Internet são necessariamente hipertextos, por exemplo, um dos formatos mais usuais para divulgação de documentos formais ou textos originais que exigem um certo nível de protecção de escrita, documentos com a extensão .pdf; também um simples texto digitalizado com um qualquer processador de texto pode ser importado para a Internet sem qualquer marca de hipertextualidade, o que acontece com a publicação online de dissertações, ensaios, textos de opinião,, obras completas de diferentes literaturas, etc.
Um conceito diferente de hipertexto, embora seguindo a ideia de texto em paralelo, é-nos dado por Genette em Palimpsestes. La littérature au second degré (1982): texto que resulta de uma transformação premeditada de um texto pré-existente, como no caso da paródia (v.). A esta modalidade chama Genette hipertextualidade, que é uma das cinco possibilidades de transtextualidade (v.), ou seja, de “transcendência textual do texto”. Esta ideia parece-nos mais próxima das características gerais do hipertexto, que é, acima de tudo, uma possibilidade universal de diálogo de um texto original com outros textos ocultos, mas inter-relacionados e disponíveis para estabelecer qualquer relação lógica de significação. O conceito de hipertexto genettiano está, contudo, preso da condição de texto palimpséstico, ou seja, de um texto que é sempre absorvido e apagado premeditadamente por outro, ao passo que o conceito electrónico de hipertexto pressupõe um diálogo intertextual, sem que nenhuma forma textual apague necessariamente qualquer outra que com ela se relacione.
O hipertexto só existe para o leitor depois que o computador o exibe e cada acto de leitura pode então funcionar como recriação (quer no sentido de criar de novo quer como divertimento) textual. Os criadores Michael Joyce e Stuart Moulthrop, por exemplo, utilizaram as infinitas potencialidades literárias e ficcionais do hipertexto com obras concebidas para computadores Macintosh, respectivamente, Afternoon: A Story (1990) e Victory Gardens (1990), onde o leitor pode navegar entre diferentes lexias, a designação de Barthes que mais se aproxima das unidades de informação que compõem o hipertexto. De notar também que o autor de um hipertexto não mais pode colocar-se numa posição de omnisciência sobre o texto, ao contrário do autor tradicional que controla (ou cria personagens que controlam) de alguma forma o sentido da leitura e os passos lineares do leitor. O autor de um hipertexto não pode começar nem acabar a sua obra, pois esses limites, pela sua natureza dinâmica, estão sempre entreabertos à criatividade literária do leitor e à sua competência tecnológica também. A omnisciência hipertextual é agora uma experiência colectiva e ilimitada, nunca se podendo fechar a si própria num único sentido.
ATIVI